CidadeSophia de Mello Breyner Andresen
Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.
Obra Poética I
Caminho
Boa! Que bela ideia e que poema extraordinário.
ResponderEliminarBrava!
Se bem que eu gosto muito de cidades( mas gosto delas verdes e não assim cinzentas).
Beijos e parabéns
Cristina
Mas que ideia tão bonita! Muito bom, Lena!
ResponderEliminarBeijinhos,
Virgínia
Olha que bem! :)
ResponderEliminarMuito bem Lena. Extraordinária ideia. O resultado soa um pouco minimalista, mas enriquece e de que maneira! o nosso blog. Parabéns! Aposto que esta nem a Cristina se tinha lembrado!
ResponderEliminarNem pensar! Eu e câmaras de filmar (ou telemóveis)não nos entendemos lá muito bem.
ResponderEliminarEu gostei muito, muito.
Bjs
Cristina
Não acredito Cristina nessa timidez em frente às câmaras. Até porque já tive oportunidade de te ver.
ResponderEliminarBjs
A timidez não é em frente às câmaras. A dificuldade está em pegar-lhes e pô-las a funcionar. Daí que nunca me ocorresse uma ideia como esta da Lena. :)
ResponderEliminarCristina