Com um tema destes e com textos escritos por mulheres, esperava-nos uma noite aliciante e seguramente divertida. E assim aconteceu. Começámos por ouvir os sapos, ou seja, as vozes dos sapos. A Cristina propôs que ouvíssemos como soa a voz dos animais nos diferentes países, ou melhor, como os humanos dizem e escrevem as vozes dos animais. Algumas formas são realmente surpreendentes. Aqui e aqui podem ver e ouvir algumas.
Depois ainda brincámos todos com o trava-línguas de Luísa Costa Gomes:
Papo de vento,
Se o papa papasse papa
Se o papa papasse pão o
papa papava tudo seria o
papa papão. O sapo dentro
do saco, o saco com sapo
dentro, o sapo batendo papo
e o papo soltando vento.
Se o papa visse esse sapo
Batendo papo de vento
Dizia salta para o saco ou papo-
te o papo a seco. O papo de
vento não! Grita o sapo no
sacão. Sapo papo papo-pão,
papo saco sapo-pão. Quem
bate papo de vento papando
papa de sapo. Acaba dentro
do saco papado pelo papão.
Luísa Costa Gomes de "Trava-Línguas"
De seguida desfilaram os textos sobre o tema da noite:
As autoras: Sophia de Mello Breyner Andresen, o poema "Esta gente" e um excerto do conto "O homem"; Matilde Rosa Araújo, o poema "Felicidade" e um excerto do conto "História de uma flor", onde se ouviu a voz do sapo feita por um instrumento que foi tocado por mãos valiosas e sábias, as mãos da Aida, uma visita muito especial desta noite; Clara Pinto Correia, da sua história infantil "O sapo Francisquinho"; Violeta Figueiredo, o poema "O sapo e o Caçapo"; Clara Ferreira Alves com um excerto da crónica "Love online"; Joanne Harris com um excerto do conto "Irmã feia" e Isabel Allende com o excerto do conto "Boca de sapo". Houve ainda um poema feito e lido pela Antónia "Eu vi um sapo" e um poema popular adaptado por um homem "Canção da Princesa" de Andrade e Silva retirado de um disco de vinil dos anos 70.
Era a vez da Cristina Alves nos falar de um autor para si desconhecido. Contou-nos como tentou ler as "Cinquenta sombras de Grey" e não conseguiu. Pensando que tinha algum problema com o género, decidiu tirar as teimas com um clássico. Assim, dedicou as leituras de verão a Henry Miller, e ficou rendida. Não só não tem problemas com o género, como se entusiasmou bastante com "Trópico de Câncer". |
Como sempre acabámos a comer e a beber.
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