O antigo Clube de Leitura em Voz Alta deu lugar ao Coro de Leitura em Voz Alta. Tem normalmente um periodicidade quinzenal e acontece na Biblioteca de Alcochete.
Os objectivos continuam a ser os mesmos; promover o prazer da leitura partilhada; a forma passou a ser outra.
Foi um ano que infelizmente não terminou em festa como todos os outros. O responsável chama-se Covid19. Chegou, instalou-se, e a partir de março tomou conta das nossas vidas. As últimas oito sessões do Coro de Leitores foram virtuais porque não quisemos "desistir" a meio do caminho. De certa forma foi bom matarmos saudades do velhinho Clube de Leitura em Voz Alta mas foi com alguma tristeza que dissemos "Adeus" (o tema das leituras de hoje). Despedimo-nos sem termos apresentado o espectáculo deste ano que estava mais de dois terços construído quando fomos obrigados a ficar em casa. Despedimo-nos sem termos feito uma grande festa à volta de uma mesa cheia de comida e bebida. Despedimo-nos sem nos termos abraçado.
a Sandra, a Celina, a Antónia e a Isabel lerão textos subordinados ao tema "ADEUS". Os textos poderão ler lidos individualmente ou em grupo. A sua abordagem deverá ser cómica e obviamente a leitura não deverá exceder os 3 minutos.
há 15 dias a Gena teve um problema técnico e não pôde ser o seu texto subordinado ao tema "Peste" Fê-lo hoje e leu-nos "Oportunismo filial" de José Gameiro da sua crónica no jornal Expresso "Diário de um Psiquiatra".
a Ana Brandão, a Bela e o Renato lerão textos subordinados ao tema "DOR". Os textos poderão ler lidos individualmente ou em grupo. Porque queremos continuar a rir, os textos ou a sua abordagem deverão ser cómicos e obviamente a sua leitura não deverá exceder os 3 minutos.
a Eugénia, a Elisabete e a Lúcia lerão textos subordinados ao tema "PESTE". Os textos poderão ler lidos individualmente ou em grupo. Porque queremos continuar a rir, os textos ou a sua abordagem deverão ser cómicos e obviamente a sua leitura não deverá exceder os 3 minutos.
Apesar das novas tecnologias nos permitirem manter as nossas sessões ainda não nos permitem fazer o trabalho do Coro de forma eficaz.
Assim, foi hoje decidido continuar até ao final desta temporada (final de Junho) em modo Clube de Leitura em Voz Alta.
porque o Coro de Leitores, nesta fase de estado e emergência pandémica, voltou a ser mais parecido com o Clube de Leitura em Voz Alta, houve outras leituras:
Um avise parra a malta que gosta de lorrear a pevide e cagarr-se prros outrres...
Se estão já a fazerr planos para sentarrem o cu nos vosses carrinhes parra virrem até à nha terra, o melhorr é ficarrem sogades. Eu explique perrquê...
O Rei do Choco...........tá fechade
O Leo do Petisco.........tá fechade
O Alface............tá fechade
A Restinguinha....tá fechade
O Verrde e Brranque.......tá fechade
O Pescadorr......tá fechade
O Pinga Amorr...tá fechade
A Figuêrrinha.....tá fechade
A Albarrquel....tá fechade
O Porrtinhe da Arrábida...tá fechade
Só cá estames nós Setubalenses, a cherrar que nem uma caixa de sarrdinhas com mais de 15 dias forra do gele, a falarr estrranhe e alte prra carraças e ainda a amandarr perrdigotes da boca prraforra, alguns estão coçarr os tomates, porrque há pouque prra fazerr e outrres a tirrar macaques do narriz prra comerr alguma prroteína, quisto na tá fácil prra ninguém...
Porrtantes nã digam que na forrem avisades e que chegam aqui e batem cus corrnes na rotunda dos golfinhes...
Sugirre que façam festas nos jarrdins das vossas casinhas, vistam-se de brranquinhe, metam uns colarres de florrinhas ao pescoce bebam uns Gins comam umas errvilhanas, mas fiquem perr casa, é o melhorr
Charroque da Prrofundurra adaptado de Florbela Paulino
a Cristina e o Fernando lançaram um desafio ao grupo lendo "Jogada nº 45 - écloga" de Alberto Pimenta
Jogada nº 45 – écloga – Alberto Pimenta
as coisas que de dia não fecham
as coisas que de dia não abrem
as coisas que de noite não abrem
as coisas que de noite não fecham
a coisa de josé de dia não abre
a coisa de maria de dia não fecha
a coisa de mané de noite não fecha
a coisa de miló de noite não abre
a coisa de antão de dia é o que se sabe
a coisa de milú de dia não deixa
a coxa de joão não abre não
a coxa de lurdes não abre nem fecha
o queixo de juca de dia não obra
o queixo de maria toda a noite se queixa
o caxo de antão também já não cobre
o caxo de joão que ninguém lhe mexa
a cuja de josé de dia não sai
a cuja de maria de dia não pode
a cuja de mané de dia não vai
a cuja das cujas nunca lhe acode
assim se passa o tempo
assim sopra agreste o vento
e todos desencontrados
uns abertos outros fechados