O antigo Clube de Leitura em Voz Alta deu lugar ao Coro de Leitura em Voz Alta. Tem normalmente um periodicidade quinzenal e acontece na Biblioteca de Alcochete.

Os objectivos continuam a ser os mesmos; promover o prazer da leitura partilhada; a forma passou a ser outra.

próxima sessão | 2 Junho 2015

será o tema

será responsável pelo livro do dia

voz



a Cristina leu um excerto de "El narrador oral y el imaginario" de Pépito Matéo

o Fernando tentou convencer-nos a ler "No meu peito não cabem pássaros" de Nuno Camarneiro


a Carlota e a Madalena leram um excerto de
"Bíblia - A mais fascinante história"
de Silvia Zanconato
com ilustrações de Abigail Ascenso



a Ana Maria e a Virgínia leram de António Ramos Rosa

Uma voz na pedra

Não sei se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.



a Anabela e a Margarida leram excertos de
"A arte de dar peidos" de Pierre-Thomas-Nicolas Hurtaut
Ilustrado por José María Lema



a Teresa fez-nos uma visita eu leu de António Torrado


O ovo da galinha

Faltam ovos na cozinha
Não há ovos para o doce.
"Alto lá" disse a galinha
"Ponho um ovo e acabou-se."

"Ponho um ovo e acabou-se.
Amassado com farinha,
se não chega para o doce,
vão dizer que a culpa é minha."

"Vão dizer que a culpa é minha.
Vão dizer: ela baldou-se.
Vão dizer: esta galinha
proibiu que houvesse doce."

"Proibiu que houvesse doce.
Foi tacanha, foi mesquinha.
Nem que fosse! Nem que fosse!",
cacarejou a galinha.

Cacarejou a galinha
e espremeu-se e esforçou-se.
E pôs um ovo que tinha
mais valor que muito doce.

Mais valor que muito doce,
que mil ovos de galinha:
era de oiro e acabou-se
a miséria na cozinha.

de "O meu primeiro álbum de poesia"



a Eugénia foi ao "Livro da Tila" de Matilde Rosa Araújo e leu
Balada das vinte meninas friorentas


Vinte meninas, não mais,
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.

Vinte meninas, não mais,
Eu via naquele muro:
Tinham cabecinha preta,
Vestidinho azul escuro.

As minhas vinte meninas,
Capinhas dizendo adeus,
Chegaram na Primavera
E acenaram lá dos céus.

As minhas vinte meninas
Dormiam quentes num ninho
Feito de amor e de terra,
Feito de lama e carinho.

As minhas vinte meninas
Para o almoço e o jantar
Tinham coisas pequeninas,
Que apanhavam pelo ar.

Já passou a Primavera
Suas horas pequeninas:
E houve um milagre nos ninhos.
Pois foram mães, as meninas!

Eram ovos redondinhos
Que apetecia beijar:
Ovos que continham vidas
E asinhas para voar.

Já não são vinte meninas
Que a luz do Sol acalenta.
São muitas mais! muitas mais!
Não são vinte, são oitenta!

Depois oitenta meninas
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.

Mas as oitenta meninas,
Capinhas dizendo adeus,
Em certo dia de Outono
Perderam-se pelos céus.



a Ilda leu uma tradução livre de "If it be your will" de Leonard Cohen



o Luís leu um poema de José Jorge Letria
de "
Versos para os pais lerem aos filhos em noites de luar"
Cada palavra que leres
há-de alargar o teu mundo
acrescentando sentido
ao que sabes lá no fundo,
e aquilo que tu nomeias
passa a ter nome e lugar,
tesouro de sons soletrado
quando te pões a falar.

Cada coisa que tu dizes
é apenas um começo,
é a fala a ganhar corpo,
o silêncio do avesso.
Cada coisa que tu sonhas
há-de ser depois contada
com a roupa das palavras
à fala bem ajustada.

E aquilo que tu dizes
há-de dar voz ao que sentes,
porque a fala é um canteiro
onde os sons são as sementes.
E aquilo que tu sentes
passa de avós para netos,
é o livro onde se guarda
o tesouro dos afectos.

Cada palavra que nasce
mesmo no centro da fala
é como um tesouro oculto
no recanto de uma sala,
e pode ser um unicórnio,
dragão ou mesmo arlequim,
transformando-se numa pomba
quando a história chegar ao fim.


a Adília e a Maria leram um excerto de "Firmin" de Sam Savage



a Rosa leu um excerto de "Descubra a sua criança interior" de Vera Faria Leal



a Antónia e o Renato leram um excerto de "Cyrano de Bergerac" de Edmond Rostand


De seguida a Cristina propôs a leitura "com sotaque" de:

De tarde

Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

O Livro de Cesário Verde



e finalmente chegou a hora do piquenique



à hora de comer sempre o diabo traz mais um


des·mo·er
(des + moer)
verbo transitivo e intransitivo
[Informal]  Fazer a digestão. = Digerir, Esmoer

o Pinhal das Areias tem uma nova inquilina


Leopoldina

próxima sessão | 23 Maio 2015 | sábado | 15h00 | piquenique

O próximo encontro será ao ar livre. Vamos fazer um piquenique e vamos ler.
Preparem as leituras e tragam comida e bebida.

Plano A
Local - Sítio das Hortas Pinhal das Areias - Alcochete
GPS: 38°45'32.1"N 8°56'18.9"W

Plano B (caso a situação climatérica não permita o ar livre)
Local - Centro de Interpretação da Reserva Natural do Estuário do Tejo - Sitio das Hortas (a cerca de 200 metros do Plano A)
GPS: 38°45'37.2"N 8°56'14.9"W

Já não é a primeira vez.  Em 2012 foi assim.

será o tema
***ATENÇÃO***
de preferência as leituras deverão ser em grupo

Auto das almas MMXV


o António Marques
que fez parte de um dos grupos do CLeVA, escreveu e faz parte do elenco do espectáculo "Auto das almas MMXV" em cena na Arta - Associação Recreativa Taberna das Almas, Regueirão dos Anjos, 68-70, Lisboa, até ao próximo dia 30 de Maio (sextas e sábados às 22h00).

A entrada é livre mas é preciso reservar para: almasdoteatro@gmail.com

mais informações aqui ou aqui

a surpresa




a Maria Teresa apresentou «O Sol dos Scorta», de Laurent Gaudé
«Depois de ter passado quinze anos na prisão, Luciano Mascalzone regressa a Montepuccio, uma pequena aldeia do Sul de Itália onde as horas passam debaixo de um calor inclemente. Luciano vem à procura de Filomena Biscotti, uma mulher que desde a juventude deseja profundamente, mas ignora ainda que quem lhe abrirá a porta de casa e se deixará violar será Immacolata, a irmã mais nova de Filomena. Espancado pelos habitantes da aldeia, Luciano morre sem saber que Immacolata dará à luz um filho, o primeiro elo da linhagem dos Scorta...»


a Cristina, a propósito de "não deixar cair os finais das frases", leu
Epigrama imitado

Levando um velho avarento
Uma pedrada no olho,
Põe-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.

Certo, doutor, não das dúzias,
Mas sim do médico perfeito,
Dez moedas lhe pedia
Para o livrar do defeito.

"Dez moedas! (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro eu dou por isso."

Bocage


e a propósito da apresentação pública "A poesia é para comer", no próximo dia 4 de Julho, data da sessão final desta 5ª edição do CLeVA, leu:


A defesa do poeta

Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto.

Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim.

Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes.

Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei.

Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição.

Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis.

Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além.

Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs por ordem?
Que favor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?

Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa.

Sou um instantâneo das coisas
apanhadas em delito de perdão
a raiz quadrada da flor
que espalmais em apertos de mão.

Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever.
Ó subalimentados do sonho!
A poesia é para comer.

Natália Correia
de "Poesia Completa"

nota em rodapé:
"Compus este poema para me defender no Tribunal Plenário de tenebrosa memória. O que não fiz a pedido do meu advogado que sensatamente me advertiu de que essa insólita leitura no decorrer do julgamento comprometeria a defesa, agravando a a sentença."
Natália Correia

a Luísa e a Ana leram um conto de José Mário Silva
Arma mortal

Ela disse-lhe baixinho: «Uma flor branca pode ser uma arma mortal». Ele fez que sim com a cabeça, quase envergonhado. Nas visitas à clínica, nunca mais lhe levou lírios. Só caixas de bombons com recheio de praliné, conversas de circunstância, cigarros e revistas cor-de-rosa. 

Há palavras que são iguais às coisas que nomeiam. Há palavras que não são iguais às coisas que nomeiam. Ele pensa na palavra tubérculo e não consegue imaginar formas semelhantes a uma batata. Ele pensa na palavra alumínio e consegue ver uma peça de metal que brilha. «Flor», por exemplo. «Dizemos flor e o próprio som parece uma corola que nos sai da boca. Dizemos flor e a língua fica com um sabor a pétalas». Ele vai pensando tudo isto na paragem, após a visita. O frio enfia-se pelas mangas do casaco. O autocarro nunca mais chega.

A pedra. A pedra no ar. Uma coisa que voa. Uma palavra que voa. Matéria escura e sólida, sujeita às leis da física. Puxada para cima pelo nosso olhar e para baixo pela gravidade (mas a gravidade tem sempre mais força do que o nosso olhar). Ele recorda uma coisa que parece muito antiga mas não é: «Uma vez peguei numa pedra e atirei-a por cima do muro, embrulhada num papel que dizia: eis o meu coração, dou-to.» Infelizmente, naquela tarde ela não se sentara no lugar do costume e a pedra acertou-lhe em cheio na cabeça, com a aresta mais cortante. Desmaiou. Alguém chamou uma ambulância. Dois dias mais tarde, ele visitou-a na clínica. Ela não chegara a ler o papel, abandonado sobre a relva, manchado de sangue. Com a cabeça cheia de ligaduras, perguntou-lhe: «Que raio de pessoa seria capaz de fazer uma coisa destas?»

Na florista, cinco minutos antes da visita, decidira-se pelos lírios, apesar dos conselhos da vendedora puxarem mais para as rosas. Ao regressar a casa, cabisbaixo, pensou nos olhos dela. Já não sabia se eram azuis ou castanhos. Já não sabia se seriam capazes de o olhar, depois de conhecerem a verdade. Repetiu baixinho, para si mesmo: «Uma flor branca pode ser uma arma mortal». E acrescentou: «Um coração também.»


a Alexandra e a Margarida leram um excerto de As mil e uma noites


a Ilda leu Surpresa! Surpresa!, de Michael Foreman



a Virgínia leu «O Ladino», um dos contos de Bichos de Miguel Torga


o Renato leu um excerto de A Cidade e as Serras de Eça de Queirós


a Gabriela leu um poema de Ievgueni Ievtuchenko 
Batem à porta


"Quem é?  - " A velhice.
                       Vim ter contigo."
"Volta mais tarde.
                         Estou ocupado.
                                                Tenho coisas que fazer!"
Escrevi.
           Telefonei.
                         Estraguei uma omeleta.
Depois abri a porta,
                             Mas não estava lá ninguém.
Talvez uma partida dos amigos.
Ou talvez não ouvisse bem o nome.
Não foi a velhice
                           Mas a maturidade que aqui esteve,
não pode esperar,
                           suspirou e partiu!


o Luís leu um excerto de Memórias da Irmã Lúcia
Treze de Maio

Dia 13 de Maio (de) 1917 – Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria, a fazer uma paredita em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.
– É melhor irmos embora para casa, – disse a meus primos – que estão a fazer relâmpagos; pode vir trovoada.
– Pois sim.
E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direcção à estrada. Ao chegar, mais ou menos a meio da encosta, quase junto duma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais adiante, vimos, sobre uma carrasqueira, uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz, mais clara e intensa que um copo de cristal, cheio d’água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Parámos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que A cercava ou que Ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos.
Então Nossa Senhora disse-nos:
– Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.

– Sou do Céu.


a Maria leu Surpresa! Surpresa!, de Michael Foreman


a Maria Teresa leu um capítulo de As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino
As cidades e as trocas 2.

Em Cloé, grande cidade, as pessoas que passam pelas ruas não se conhecem. Ao verem-se imaginam mil coisas umas das outras, os encontros que poderiam verificar-se entre elas, as conversas, as surpresas, as carícias, as ferroadas. Mas ninguém dirige uma saudação a ninguém, os olhares cruzam-se por um segundo e depois afastam-se, procurando novos olhares, não param.
Passa uma rapariga que faz rodar uma sombrinha apoiada no ombro, e abana também um pouco o redondo das ancas. Passa uma mulher vestida de preto com ar de velha, de olhos inquietos por baixo do véu e com os lábios a tremer. Passa um gigante tatuado; um homem novo de cabelos brancos; uma anã; duas gémeas vestidas de cor de coral. Algo corre entre eles, uma troca de olhares como linhas a ligarem uma figura à outra e desenhando setas, estrelas, triângulos, até que todas as combinações se esgotam num instante, e entram em cena outras personagens: um cego com um leopardo pela trela, um cortezão com um leque de penas de avestruz, um efebo, uma mulher gordíssima. Assim entre os que por acaso se encontram juntos a abrigar-se da chuva debaixo de um pórtico, ou se apinham debaixo dos toldos de um bazar, ou param para ouvir a banda no coreto da praça, consumam-se encontros, seduções, ligações, cópulas, orgias, sem que troquem uma palavra, sem que se toquem com um dedo, quase sem se olharem.
Uma vibração de luxúria move continuamente Cloé, a mais casta das cidades. Se os homens e mulheres começassem a viver os seus efémeros sonhos, todos os fantasmas se tornariam pessoas com quem se poderia começar uma história de perseguições, de ficções, de malentendidos, de choques, de opressões, e assim acabaria o carrossel das fantasias.


o Tomás leu um excerto de O mistério da casa invisível, de Enid Blyton
Começava a clarear o dia. O Gordo, o Luís e o Filipe sentiam-se felizes por caminharem ao longo do pequeno ribeiro. Parecia-lhes terem andado uma data de quilómetros! Finalmente chegaram à ponte e dirigiram-se para a aldeia.
- O melhor é irmos primeiro a casa do Goon para lhe dizermos que o Ern está bem. - sugeriu o Gordo. De lá telefonariam Sr. Inspector.
Com grande espanto do Inspector, que estava a olhar para a janela, viu repentinamente Gordo o Luís e o Filipe a subir a rua como se fossem uns velhinhos muito cansados.
- Olha para lá Goon! Lá vêm eles. Só o Ern é que não!

O Sr. Goon ia tendo um colapso. Os três rapazes subiram o caminho que os levava até à porta, e tocaram a campainha. O Gordo ficou de boca aberta de surpresa e prazer ao ver o Inspector abrir-lhe a porta.


a Maria João leu um poema de Josete
Caixa de surpresas

A vida, como uma caixa, nos é doada.
O que tem dentro, não sabemos nada.
Queremos abri-la, a mão parece atada.
Mas a quem nos concedeu, dizemos: obrigada.
Ela nos surpreende a todo o momento.
Às vezes, nos causa desalento,
em outras, encantamento.
Às vezes, nos transmite arrebatamento,
em outras, arrependimento.
Rico vira pobre,
pobre vira rico.
Hoje estamos tristes.
E como estaremos amanhã? Alegres?
E as surpresas vão surgindo,
uma a uma estão saindo.
Esperamos que as que vêm vindo,
deixem-nos, para sempre, sorrindo.


o Fernando e a Cristina leram de Eugénio Roda, "Capuchinho Vermelho à Caçador"
do livro "Capuchinho Vermelho: Histórias secretas e outras menos"



a Celina leu um excerto de O desafio, de Richard Towers